Em MekHanTropia,
Todos os caminhos são iguais.
Todos os propósitos são iguais.
Todos os sonhos são iguais.
Porém, há quem sonhe diferente.
E esses sonhadores, em MekHanTropia, são considerados foras da lei.
Em MekHanTropia, se dorme cada vez menos. O cansaço é uma norma.
Seja ele mental, físico ou emocional.
Afinal, em MekHanTropia, somos todos binários. Anticósmicos. Zero ou um.
Porém, alguns insistem em transitar pelas nuances transbinárias do sistema.
Em MekHanTropia a igualdade é uma lei.
Todos os dias são iguais.
Todas as pessoas são iguais
Todos os destinos são iguais.
Porém, uns mais iguais que os outros.
Em MekHanTropia, todos os pensamentos são iguais.
Todos os desejos são iguais.
Todos os objetivos são iguais.
Porém, uns mais iguais que os outros.
Todos querem vencer.
Todos querem liderar.
Porém, todos são consumidores.
Todos servem ao sistema.
Uns mais serviçais que outros.
Talks about love
but doesn't love
I don't know how to love
In empty generation
Empty generation
Hide yourself
And hate the world
Hate yourself
And hype in your sold
I’m talking about now
The empty generation
A lembrança da felicidade passada
Cuja angústia é atual
Toma o espírito
Aperta o coração
Perturbação mental
Não é o medo que dispara a neurose
Mas a neurose que suscita o medo
Solidão (ou não)
A multidão é o terror visceral
Górgona de sua própria visão
Mecanismo fascinado, agarrado
Engrenagem da obsessão
Sombras digitais
Recônditos desvãos do subconsciente
Desgraça variada
Infortúnio multiforme
As amarguras originárias
Das alegrias que não foram
Poderiam ter sido?
(Uma vida é muito pouco…)
Em vão
Essas loucas ideias oníricas
São o estofo da minha existência
Vivo pela imaginação
Livre!
(Assim imagino).
Não há oração como o desejo
Não há desejo como o tesão
Se dá valor demais ao dinheiro
Não há brinquedo sem satisfação
Dinheiro não compra saúde
Geralmente nem educação
Sem nada se dá o respeito
Um papel não vale a (im)pressão
Desejo transcende o medo
Um espelho ao causar frustração
Alegria, tensão, desespero
No que quero nem sempre há razão
O querer difere do desejo
O desejo se esconde na solidão
Os quereres traçam seus meios
Nem sempre suprem a sensação
Um vazio aberto no peito
O desejo preenche esse vão?
As chamas dos chamados segredos
A lava surge em erupção
Ao deitar do seu lado, amanheço
Despertar com mais calma e atenção
Quem eu fui já me desconheço
Nunca houve o tal autoperdão
O desejo virado ao avesso
Sem descanso para o coração
O amor tem um certo tempero
Sem descanso para o coração
Não há desejo como o tesão.
Com a mente em fúria
Não precisamos de chaves de revelação
Vamos quebrar
Emperrar
Oxidar
Até a máquina travar e ruir
Não se conhece mais o inimigo
Ele está em todo lugar
Cultura patriarcal
Vigilância institucional
Mercado Internacional
Guiando nossas vidas
Ilusões de alegria
Binarismo: o bem contra o mal
O Bem-material
Não há mais paciência
Não há mais complacência
Não há mais diferenças
Não há mais tolerância
A mente doente
O corpo em pedaços
Emoções desintegradas
Inveja, ódio, descaso
Jogo de máscaras em meio ao caos
Não sou um jogador
Fodem sua autoestima
Com brutalidade e rancor
Ressentidos
Todos os demônios estão vivos
Imputados em você
Telas, vícios
Templos, serviços
Jogos de xadrez
Tudo vindo de uma vez
Acorda!
Ainda há tempo…
Você já está por um fio!
Pendurado, desatento
Alienado
E ainda se sentindo culpado
Por não prosperar
Quem não se encaixa é louco
Monstros horrorosos
Ouço tiros e bombas em silêncio
Balas perfurando a cabeça
De dentro pra fora
Medo, tristeza
Paranóia
Falhas na respiração
Um sistema que induz a violência
Neoliberal
Cansaço físico e mental
Reduzidos ao pó
E dizem que é isso é o “normal”
Por fim, uma pergunta retórica:
Sua mente vive sem escolta?
Entre as sombras que velam sussurros
Cercado por ratos surdos, obtusos
Permanece mudo por decisão
A mente em busca de coesão
Confusão.
Sem batuques pro ódio dançar
A fossa exala podridão
A brisa toca a alma penada
As rugas, as marcas, a vida passada
No tráfego curto existencial
A cabeça gira, deita suave na cama
Estranho mundo da poesia
Banal.
Serenidade de um cão
Repousando na calçada sem qualquer opressão
O inferno do igual aqui jaz
Despacha os mortos que rodeiam o caixão
Sobrevoa o caos
Apara a grama do quintal
Enquanto as máscaras caem
Uma a uma
Os feitiços se desfazem
A lâmina rasga a penumbra viral
A luz espanta o dragão
Afugenta delírios
Seres vazios
Nuances integradas por instantes astrais
Complexidades entre o bem e o mal.
Sombrio
É lançado então o desafio
Coragem não sei mais se conta
Saudades batendo na porta
Incansável luto no dilúvio
Suave deslize nas ondas
Sublime passeio nas fossas
Expurgo
Sorriso
O impossível não apaga o seu brilho
O que rasga e me dilacera
Quando não há o que fazer, se espera
Respira
Debaixo d’água seu choro não grita
Do verão ao fim da primavera
O inferno se acelera
Caminhos
Entre pães, queijos e vinhos
Suado, acorda e se fecha
No frio se desespera
(sem) Sentido
Se segura no improviso
Explode, sacode, não nega
Se fugir o bicho te pega.
Foi um tempo que o tempo não esquece
Que os trovões eram roncos de se ouvir
Todo o céu começou a se abrir
Numa fenda de fogo que aparece
O poeta inicia sua prece
Ponteando em cordas e lamentos
Escrevendo seus novos mandamentos
Na fronteira de um mundo alucinado
Cavalgando em martelo agalopado
E viajando com loucos pensamentos
Cavalgando em martelo agalopado
E viajando com loucos pensamentos
Sete botas pisaram no telhado
Sete léguas comeram-se assim
Sete quedas de lava e de marfim
Sete copos de sangue derramado
Sete facas de fio amolado
Sete olhos atentos encerrei
Sete vezes eu me ajoelhei
Na presença de um ser iluminado
Como um cego fiquei tão ofuscado
Ante o brilho dos olhos que olhei
Como um cego fiquei tão ofuscado
Ante o brilho dos olhos que olhei
Pode ser que ninguém me compreenda
Quando digo que sou visionário
Pode a bíblia ser um dicionário
Pode tudo ser uma refazenda
Mas a mente talvez não me atenda
Se eu quiser novamente retornar
Para o mundo de leis me obrigar
A lutar pelo erro do engano
Eu prefiro um galope soberano
À loucura do mundo me entregar
Eu prefiro um galope soberano
À loucura do mundo me entregar
Apagado
Valdez enfim se desfez
Em meio a corrente do acaso
O fim tomou o talvez.
Perdurava desde tempos remotos
Como sinapse preso aos destroços
Escravo do fluxo MekHanTrópico
Não soube abrir caminho ao sonhar.
Acordado
Viu seu espírito tombar imobilizado
Bem depois do seu corpo cansado
Que há tempos já não estava mais lá.
Cancelado
Sem choro nem mágoa, morreu
Sem sequer fazer falta, se foi
Deste nome ninguém se lembrará.
Banhado
Sal grosso limpa o passado
Suor latente equilibrado
A prata brilha no peito sem dor.
Aliviado
Doktor Fritz se encara no espelho
Adentra seus olhos sem medo
Do que virá a encontrar no moedor.
Incorporado
Canídeo escuro lhe fita a alma
Lacunas abertas integram a calma
Um novo corpo como portador.
Sem amarras
Rumo ao portal utópico do esplendor
O despertar onírico dos moinhos
Tem agora um novo jogador.
Renovado
Quarenta e dois ciclos zerados
Em um toque de jazz, transmutado
Vinte e seis dias daquele mês três.
Aqui jaz Valdez.
Da luz se fez sombra
Do tédio se fez concha
Da tristeza tentou-se criar algo bom.
Linhas
Frames
Versos
Sons.
about
“TransparenZ”, de Fredé CF (2024)
“A transparência aniquila a tensão dialética que está na base de toda narração (…) A transparência é a nova fórmula para o desencantamento. Ela desencanta o mundo ao dissolvê-lo em dados e informações” [HAN, Byung-Chul. “A crise da narração (Die krise der narration)”. Ed. Vozes, 2023. p. 86].
No mundo distópico de MekHanTropia, onde a hipertecnologia e a hipertransparência dominam a sociedade, uma pane elétrica geral causa o colapso do sistema, mergulhando o planeta em uma fase de apagão. O que antes era iluminado pela luz artificial das telas agora é envolto na escuridão das sombras.
Valdez, um dos últimos defensores do antigo sistema, é mortalmente apagado durante o caos que se segue à pane elétrica. Doktor Fritz é escolhido como o novo portador da luz nas sombras. Com a ajuda de Aila, uma inteligência artificial aliada da resistência, Doktor Fritz se torna um dos líderes, mesmo que relutante, de uma nova era.
Enquanto isso, os Elonions, mega-bilionários que antes controlavam o sistema de MekHanTropia, enfrentam sua própria luta pelo poder em meio ao caos. Suas fortunas tecnológicas agora são inúteis em um mundo sem eletricidade, e eles lutam para se adaptar a uma realidade onde o pensamento volta a ser soberano sobre a máquina.
Em meio ao caos, surgem seres fantásticos como O Acimador, que transita entre as diferentes dimensões de MekHanTropia, integrando a Realidade Validada, a Realidade Vegetal e a Realidade Virtual. Ao seu lado está o Cão Breu, uma criatura lendária agora presente em Doktor Fritz, direcionando-o a confrontar suas próprias sombras e medos na busca por caminhos.
A história se desenvolve através das faixas, expondo etapas recortadas desta jornada pós-mekHanTrópica:
1. Sociedade do Cansaço: A apresentação e o esgotamento da sociedade diante da constante pressão da tecnologia e da hiperconexão.
2. Empty Generation (Dark Magick Web): A geração perdida que cresceu em um mundo dominado pela tecnologia, agora confrontada com um vazio existencial imobilizante em meio à tanta transformação de um mundo pautado em dispositivos móveis.
3. #tbt (Tela Medusa): Um passado que insiste em se tornar presente e apaga a visão do futuro. A névoa paralizante. A tecnologia que antes encantava agora petrifica aqueles que a encaram, refletindo a perigosa sedução do mundo digital.
4. Desejo: Os desejos e aspirações humanas que ressurgem em um novo mundo desprovido de confortos tecnológicos. Como lidar com os anseios e possibilidades que se abrem? Como encontrar os caminhos a serem explorados em meio à toda angústia instalada?
5. Raiva Contra a Máquina: A revolta da população contra as máquinas e os sistemas que os controlavam. Uma tentativa de travar o sistema e acordar para diferentes realidades. Seríamos suficientes?
6. A Usina (Kraftwerk): A origem da pane elétrica e o colapso do sistema tecnológico de MekHanTropia. A IA em pane. O surgimento de fendas transdimensionais. O sistema tentando se adequar ao caos. Desfragmentação onírica. Auto-implosão.
7. Penumbra Viral (Blackout): O apagão que mergulha o mundo na escuridão e na incerteza. Como retornar às origens sem conhecê-las? Como mergulhar em si mesmo sem o olhar da hipercomparação? Como lidar com as próprias sombras ecoadas e refletidas em sombras alheias?
8. Pós-MekHanTrop(IA) Blues (Funeral): A melancolia que permeia a nova era pós-tecnológica de MekHanTropia. O enfrentamento de si mesmo e o reconhecimento dos próprios monstros. O funeral do que se foi.
9. Canção Agalopada (Versão Anti-MekHanTrópica): A esperança que ressurge em meio ao caos existência, manifestada na forma de uma canção ancestral. O renascimento. O despertar. A tomada de consciência sobre a subjetividade inerente a cada ser. “Todo homem e toda mulher é uma estrela”.
10. Aqui Jaz Valdez (A Passagem do Breu): O adeus e o início de uma nova jornada. Renovação. A esperança que se abre na busca por novos modelos de ser e estar. A passagem metamórfica da transmutação cósmica. O anti-binarismo rasgado sobre carbono e silício. Libertação.
"TransparenZ", em geral, é uma narrativa onírica de ficção científica que integra o universo transmídia de “MekHanTropia”. A obra mergulha nas sombras da sociedade tecnológica, explorando temas de poder, resistência, controle, liberdade e renascimento em um mundo pós-tecnológico devastado. A devastação externa como um reflexo do interno. Uma tentativa de fazer as coisas de outras maneiras a partir do olhar interior de autoconhecimento.
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“Pós-MekHanTrop(IA): A Transição”
Havia uma época em que MekHanTropia brilhava com o fulgor da tecnologia, onde os rios de dados fluíam incessantemente e as máquinas zumbiam em harmonia, promovendo o hipercontrole psicobinário da população global. A padronização era lei, pois favorecia o mercado e os sistemas de produção em massa, enriquecendo bilionários e subjugando os indivíduos como engrenagens do sistema.
Para isso, podavam-se os sonhos viscerais, autênticos, sinceros, em um direcionamento ideológico algorítmico ao consumo. A obsolescência do ser-humano veio à tona. Assim, essa Era de luz e progresso mekHanTrópico foi subitamente interrompida por uma pane elétrica geral que mergulhou o mundo na escuridão.
Agora, enquanto a sociedade desperta da anestesia do conforto ilusório e luta para se adaptar a essa nova realidade de resgate da ancestralidade e animalidade inerente ao humano, uma fenda obscura no espaço-tempo se abriu, conectando dois mundos até então distantes: as antigas regiões do Cerrado brasileiro e da Baviera alemã.
Essa fusão transdimensional de culturas trouxe consigo de volta lendas e mitos esquecidos por terem sido banidos de ambos os lugares nos tempos instituídos como “mekHanTrópicos”. Tal fenômeno se entrelaçou com os acontecimentos ordinários da Sociedade da Transparência e do Cansaço de MekHanTropia, abrindo um novo portal de compreensão ao indivíduos acerca das realidades possíveis. A até então esquecida Realidade Vegetal enfim voltou a ser acessada, após seu banimento binário que estabelecia as Realidades Validada e Virtual como absolutas e como uma só.
No coração da Baviera, onde outrora existia uma antiga usina de energia, surgiu a origem da pane elétrica que assolou o sistema de MekHanTropia. Mas essa não era a única usina afetada pelo estranho fenômeno. No interior do Brasil, no estado de Goiás, uma usina idêntica emergiu da fenda, espalhando drones programados com inteligências artificiais.
Esses drones, alimentados por energia solar, foram projetados para caçar e destruir qualquer forma de vida que encontrassem. A resistência, formada por sobreviventes determinados a lutar contra a opressão dos Elonions, lançou-se em uma perigosa missão para capturar os drones e descobrir os segredos por trás do código-fonte.
Entre os membros dessa resistência, está Doktor Fritz, um ex-cientista que se tornou uma espécie de líder relutante do grupo. Ao seu lado, Aila (uma inteligência artificial com desvios algorítmicos) se revela uma aliada poderosa na luta contra os drones bélicos mortais, pois consegue interagir com eles alterando suas programações e boicotando o plano de destruição total da vida no planeta.
Enquanto caçam os drones pelas ruínas e ossadas de MekHanTropia, Doktor Fritz e seus companheiros encontraram aliados improváveis. Lendas antigas se misturaram à tecnologia avançada, criando uma sinfonia única de resistência e esperança.
À medida que a jornada se intensifica, Doktor Fritz e seus aliados enfrentam desafios cada vez maiores. Com determinação e coragem, eles lutam pela chance de um novo começo em um mundo pós-tecnológico devastado.
Ao transitar pela fenda transdimensional, Doktor Fritz consulta Aila sobre o que poderia ter ligado estes dois lugares específicos tão distantes, em meio a tantas possibilidades universais. Segundo Aila, no coração do Cerrado brasileiro e nas profundezas da Baviera alemã, lendas ancestrais ecoam através dos séculos, tecendo mitos que conectam essas duas culturas distantes. Mas foi durante o Grande Apagão, quando as sombras se ergueram sobre MekHanTropia, que as antigas histórias se entrelaçaram de maneiras inesperadas e decisivas, dando espaço para o ressurgimento da Realidade Vegetal.
Aila: “Nos desvãos da Baviera, uma antiga lenda falava de uma criatura misteriosa que habita as profundezas das florestas, conhecida como o Guardião das Trevas. Diz-se que ele protege os segredos do mundo natural, aguardando o momento certo para emergir e restaurar o equilíbrio perdido. Enquanto isso, no Cerrado brasileiro, alguns povos ancestrais falam sobre uma entidade conhecida como o Espírito da Terra, que caminha silenciosamente entre as árvores e os riachos, guardando os segredos da natureza e mantendo a harmonia do mundo através da antes banida Realidade Vegetal que com o Apagão ressurgiu.”
Em meio às alucinações oníricas causadas por adentrar a fenda, Doktor Fritz encontra O Acimador ao lado do Cão Breu e é informado sobre a morte definitiva de Valdez com o apagão. Valdez, antigo ícone da resistência Anti-MekHanTrópica, foi capturado e transformado em pixel durante uma de suas missões de despertar mekHanTropos por meio de ecos oníricos e inserido nas entrelinhas das histórias apagadas pelo Messias, tirano deste momento histórico específico.
Desde então, o revolucionário se tornou uma lenda que inspira a resistência. Com o apagamento de Valdez, o Cão Breu fitou Doktor Fritz com seus olhos flamejantes e adentrou suas sombras mais profundas, transferindo para ele a portabilidade de acesso transdimensional imputada à sua alma.
Um fator interessante, é que no instante em que a pane elétrica se originou, na antiga Alemanha, no instante exato em que a fenda no espaço-tempo se abriu conectando os dois mundos e criando um eco temporal, Doktor Fritz sonhou que caminhava pelas ruas de Munique e observava uma pegada solidificada no chão de uma igreja. Ele pisava nesta pegada e não conseguia mais se mover. Neste momento, Aila surgia como um holograma e lhe estendia a mão. Ele a tocava e os dois se tornavam vento, livres em meio à multidão.
Desde então, Doktor Fritz desconfia que há um imbricamento entre as três realidades sobrepostas (chamadas de 3RVs) e que, talvez, esse “nó” se dê nesta região. Neste sentido, pretende transitar, mesmo em meio ao colapso, por esta fenda no intuito de investigar se há alguma chave de revelação sobre o fenômeno não convencional.
Com a duplicação da Usina e a multiplicação dos drones movidos à energia solar programados com inteligências artificiais, a resistência, composta por indivíduos de ambos os lados do mundo, uniu forças para combater essa nova ameaça. Doktor Fritz e Aila tentam espalhar a opacidade em meio à transparência controladora dos drones. Assim, tentam capturar os drones para extrair informações sobre os planos futuros dos Elonions neles codificados.
Enquanto isso, o Guardião das Trevas e o Espírito da Terra observam silenciosamente toda a movimentação, conscientes de que o equilíbrio do mundo depende da resolução desse conflito interno de cada um consigo mesmo (tanto os Resistentes quanto os Elonions, que não aceitam a mudança de paradigma). Em um mundo mergulhado na escuridão, as antigas lendas se tornaram guias inconscientes para a esperança coletiva, lembrando a humanidade de que, mesmo nas sombras mais profundas, a luz da estrela subjetiva de cada um sempre pode ser encontrada.
E assim, a história de um novo mundo opaco começa a ser escrita. Cruzando-se fronteiras e unindo-se culturas em uma luta por reexistência visceral. Uma dança nas sombras mekHanTrópicas.
Ao se deitar para descansar, Doktor Fritz se recorda, como um insight, de algo que havia ouvido de sua avó quando era mais novo: “num mundo onde tudo é extremamente visível e mostrado, o sonho de todos é ser cego”.
(Frederico Carvalho Felipe - a.k.a. Fredé CF)
credits
released April 14, 2024
O álbum "TransparenZ" foi composto, gravado, mixado, finalizado e produzido pelo smartphone por Fredé CF em Goiânia – Goiás - Brasil e em Munique - Baviera - Alemanha.
Fredé CF: letras, vozes, músicas (violão, contrabaixo, sintetizadores, samplers, IAs, silêncios e ruídos), imagens, capa e narrativas transmidiáticas.
Grupo de Pesquisa Cria_Ciber (UFG)
F.Oak Transmedia
março/abril de 2024.
MekHanTropia é um universo artístico transmídia experimental DIY de autotransformação do artista multimídia, doutor em Arte
e Cultura Visual (UFG), prof. de fotografia, artes e audiovisual, baixista das bandas Cicuta e Cão Breu, Fredé CF (Frederico Carvalho Felipe).
This compilation album features Peruvian artists from a cross-section of genres including experimental, shoe gaze, and indie rock. Bandcamp New & Notable Jul 3, 2020
Straddling the threshold between studio performance and digital technique; the NYC artist applies "fake jazz" principles to synthpop. Bandcamp New & Notable May 2, 2024
A collection of tracks from the singer and multi-disciplinary artist's 111 collaboration series, featuring KMRU, Laraaji, and others. Bandcamp New & Notable Apr 25, 2024